sábado, 27 de março de 2010

O Talit :O Talit é uma tradição muito antiga, remonta os tempos de Moisés, na verdade o principal do Talit não é o “manto” em si, mas as quatro franjas que estão em seus cantos. Estas franjas, ou Tsit-tsiot (plural de tsit-tsit) foram ordenadas por D’us aos filhos de Israel através de Números 15:37-39 que as usassem por pelo menos 4 principais motivos:1) Para lembrar dos mandamentos2) Para cumprir os mandamentos3) Para não seguir o adultério dos olhos4) Para lembrar que os filhos de Israel são um povo santoEstas franjas são compostas até hoje, pelo entrelaçamento de 4 fios (hb.gued’lim) e naquela época um destes fios eram em cor azul turquesa, esta prática vem sendo restaurada atualmente por alguns judeus.Deve-se mencionar que nos tempos Bíblicos não havia um “xale”, as franjas eram colocadas nas próprias vestes, pois naqueles tempos as vestes eram retangulares, com a criação moderna de roupas costuradas nas laterais, os judeus procuraram uma forma alternativa de obedecer este mandamento, elaborando uma vestimenta retangular, uma espécie de manto ou xale, no qual fosse possível colocar as franjas em seus cantos.Na abordagem messiânica, sempre se menciona o fato de que o próprio Yeshua usava estas franjas em suas vestes, como vemos na Brit Chadashá. Porém, sabe-se que o símbolo não pode sobrepor a função do Espírito, sabe-se que na Nova Aliança um crente messiânico, um discípulo de Yeshua, possui um relacionamento dinâmico com a Torá, não mais uma relação que prioriza estereótipos religiosos, mas que valoriza o princípio dos mandamentos. Sendo assim, a função de lembrar e de preservar a obediência dos salvos vem primariamente por obra do Espírito de D’us, o uso do Talit deve ser feito em um espírito de liberdade, em uma expressão voluntária de uma obra que já deve estar acontecendo no interior do salvo, que deve se sentir cercado pelas “franjas” de D’us que nos lembram a obediência.Somente assim, o uso do símbolo causará um efeito positivo ou uma externalização de uma obra já realizada pelo Espírito no coração deste discípulo.Dentro deste conceito, alguns judeus messiânicos fazem uso freqüente do Talit em suas congregações, lembrando que respeitam os princípios judaicos, dentre eles o não uso do mesmo à noite. Deve se respeita esta tradição universalmente observada, quanto menos tropeço cultural e escândalo melhor, como dizia Paulo: “não causeis escândalos." As bênçãos para o uso do talit encontram-se no Sidur.O solidéu, um pequeno pedaço de tecido (ou não) usado sobre a cabeça, chama-se em hebraico de Kipá. A Kipá não é uma prática diretamente ordenada nas Escrituras, não deve ser tratada como mitsvá ou seja, mandamento. A Kipá é apenas uma tradição, não tendo vínculo direto com as Escrituras. Porém, sabe-se que o hábito de usar uma cobertura na cabeça sempre esteve presente na cultura do povo de Israel, há registros históricos e pictografias que demonstram isto. O principal motivo é que no oriente (até hoje) dificilmente um homem religioso vive com a cabeça descoberta, ao contrário da prática cristã ocidental que considera um sinal de desrespeito o uso da cabeça coberta em ambientes fechados. A inspiração desta prática vem do uso que os sacerdotes faziam da “mitra”, como Israel é mencionada nas Escrituras como uma “nação sacerdotal”, o uso de uma “cobertura” simbólica foi ampliado. Mais por um costume milenar, do que por um mandamento. Porém, o princípio contido por trás desta observância, é puramente bíblico, pois quando um judeu usa uma Kipá, ele está declarando publicamente sua submissão, dependência a D’us e ao mesmo tempo sua limitação humana. A Kipá é um demarcador do limite do homem e da extensão da poder D’us “sobre” o homem. Os judeus-messiânicos fazem uso da Kipá, em respeito a esta tradição, porém sem mistificações, deixando claro o status de tradição e não de mandamento de tal observância.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009



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